Segunda-feira sempre foi um dia tenso pra mim, sabia? Não por eu ter que ir trabalhar e isto ser um problema ou algo que eu não goste (acredite, eu amo o que faço). Mas eu acabava ficando muito ansiosa e estressada durante toda a segunda-feira.
Meu problema, na verdade, era o fim de semana. Eu cresci numa família de pais muito ativos e, talvez – ou com certeza, workaholics. Minha mãe era bem mais workaholic do que meu pai, porém ambos não davam uma trégua pro trabalho. Eu acredito que nós somos o resultado de tudo o que vivemos com nossa família desde o dia em que nascemos até o dia de hoje. Só me resulta dizer que eu também sou, ops, era workaholic também. E pra ajudar, casei com um cara muito mais workaholic que todos nós juntos rsrs…
Então, por conta de toda esta dinâmica familiar que vivi, eu aprendi que um dos meus maiores valores era meu trabalho. Aprendi que se eu não sou produtiva, eu não tenho valor. Consequentemente, sempre foi muito difícil pra mim desligar… parar… descansar!
Eu aprendi a olhar pra dentro e me identificar como uma pessoa que tinha dificuldade em desligar com minha amiga psicóloga, a Helen. Aliás, sou muito grata a ela por muitas coisas que eu aprendi e continuo aprendendo diariamente. Muito do que eu mudei e melhorei, foi ela quem me ajudou. Em uma das nossas conversas profundas, entendi que eu não conseguia desligar e descansar, pois sempre achei que quem não produzisse era folgado, não seria ninguém na vida e etc.
Não só vivi com meus pais fazendo tudo isto, como também ouvia isto deles. Me lembro que eu tinha um namorado na minha adolescência (eu devia ter uns 16 anos e ele tinha 19, eu imagino). Meu namorado, daquela época, não trabalhava… consequentemente ele não tinha muito dinheiro. Meus pais o criticava durante boa parte do nosso namoro por conta disto. Eles exigiam que meu namorado trabalhasse e fosse um homem forte, esforçado.
Não acho que eles estavam errados, afinal queriam o melhor pra mim. Mas o fato de ouvir e viver diariamente e continuamente que trabalhar era necessário e que mesmo ralando de trabalhar, passávamos dificuldade financeira, “imagina quem seríamos se não trabalhássemos?!?!”.
Isto resultou numa loucura insana que me enfiei de cabeça: trabalho, trabalho e mais trabalho.
Voltando a falar sobre as segundas: eu sempre sofri com elas, pois o fato de ter parado 1 dia e meio / 2 dias, me trazia uma culpa insana e eu descontava isto em tudo e em todos na segunda-feira. Achava que precisava fazer e produzir T-U-D-O que não fiz durante o sábado e o domingo.
Sabe quando parei de sofrer? Na verdade, é algo que ainda luto e estou mudando gradualmente e diariamente. Auto conhecimento e planejamento foram a minha salvação. Quando eu entendi e o real motivo do meus estresse e mal humor que sentia na segunda-feira, eu comecei a agir e mudar aquilo dentro e mim. Foi então que o planejamento veio acalmando e colocando tudo no lugar. Atualmente, eu separo um tempo no domingo ou na segunda, pela manhã, pra listar todas as minhas responsabilidades e deveres da semana, divido cada um deles de acordo com a prioridade e importância. Depois, os separo pra cada dia da semana.
Comecei a fazer isto em 2020, em meio a loucura da pandemia. Falhei e continuo falhando “now and then” (de vez em quando), mas, pelo menos, agora eu sei como resolver este meu problema e viver uma vida melhor.
Semana passada estava “discutindo” com o Fabinho sobre traumas familiares e o quanto isto toca nossas vidas até hoje. Eu acredito que a gente vive muita coisa que não devia, pois aprendemos isto com as pessoas ao nosso redor. Mas, quando assumimos os traumas, damos os nomes corretos e buscamos por ajuda, tudo pode mudar. A responsabilidade do que EU farei com o trauma que sofri é minha e eu SEMPRE escolho olhar pra dentro e agir conforme devo. Às vezes consigo facilmente, outras peno, e muitas outras ainda estão escondidas dentro de mim, mas tenho a vida toda pela frente pra poder melhorar e mudar!
E você, gosta de segunda-feira? Teve um bom dia hoje ou foi tudo uma bagunça e estresse pra todo lado?
Amanhã estou de volta e por 21 dias consecutivos, lembra?
XOXO
Camilla Vidal – Diretora Pedagógica Yázigi Birigui
PS.:
Serão 21 dias de e-mails pra gente bater papo! Pra vocês saberem um pouco dos meus perrengues, teorias, pensamentos e etc.
Embora eu venda cursos de inglês, meu intuito aqui não é fazer propaganda ou te pedir pra comprar algum dos meus cursos. Isto não é um estratégia de marketing, nem de lançamento de qualquer produto. É tão somente um chit-chat.
Aliás, caso você não saiba, vou te ensinar o que o título deste e-mail significa – CHIT-CHAT: bate papo. Cami’s chit-chat: bate papo da Camilla. Meu único intuito é estreitar nosso relacionamento. Inclusive, sinta-se à vontade para me responder e me contar seus causos também. Te conhecer melhor seria muito interessante também.
Se ainda ainda, você quiser minha ajuda, em qualquer momento, tenho vários programas e cursos de inglês que possam te interessar: aulas online, aulas presenciais, aulas ao vivo e, em breve, novidades virão. Dependendo do seu nível, as inscrições para meus cursos estão sempre abertas. Para saber mais sobre eles, você pode conhecer nossa escola aqui ou falar diretamente comigo aqui.
Além disto, tenho um instagram @camillaavidal que sempre ensino coisas sobre inglês e afins. Me segue lá, caso te interessar.